Gama Gases

Etano

Etano


Descrição


Etano puro à temperatura ambiente e pressão atmosférica é incolor, inodoro, inflamável, e não tóxico. É transportado em cilindros de alta pressão como gás liquefeito sob sua própria pressão de vapor que é de 543 psig a 21.1 ºC.


Propriedades Físicas
Calor latente de fusão a -183,3ºC. 95,09 kJ/kg;
22,73 kcal/kg.
Calor molar específico, gás a 101,325 kPa e 26,8ºC a pressão constante. 53,346 J/(mol x K);
12,750 cal/(mol x ºC).
Calor molar específico, gás a 101,325 kPa e 26,8ºC a volume constante. 44,769 J/(mol x K);
10,700 cal/(mol x ºC).
Condutividade térmica, gás a 101,325 kPa e 25ºC. 0,02012 W (m x K);
48,1 x 10-6 cal / (s x cm x ºC).
Densidade absoluta, gás a 101,325 KPa e 25ºC. 1,2420 kg/m3
Densidade crítica. 0,2122 kg/dm3
Densidade relativa, gás a 101,325 kPa e 25ºC (ar=1). 1,048
Densidade, líquido a pressão de saturação a -88,6ºC. 0,5465 kg/L
Fator crítico de compressibilidade. 0,274
Fórmula C2H6
Limite de inflamabilidade no ar. 3,0 a 12,5% (molar).
Massa Molecular 30,070
Ponto de ebulição a 101,325 kPa. 184,52 K;
-88,6ºC;
-127,5ºF.
Ponto triplo.> 89,88 K;
-183,3ºC;
-297,9ºF.
Pressão crítica. 4914,3 kPa;
49,1 bar: 712,8 psia;
48,5 atm.
Pressão de vapor a 21,1ºC. 3845,2 kPa;
38,45 bar;
557,7 psia;
37,95 atm.
Razão do calor específico, gás a 101,325 kPa e26,8ºC, Cp/Cv. 1,192
Solubilidade em água a 101,325 kPa (pressão total) e 0ºC. 0,0982 cm3/1 cm3 de água;
0,0132kg/ 100g de água.
Temperatura crítica. 305,50 K; 32,4ºC; 90,2ºF.
Temperatura de auto-ignição. 745,4 K;
472,2ºC;
882ºF.
Tensão superficial a -100ºC. 18 mN/m;
18 dyn/cm.
Viscosidade, gás a 101,325 kPa e 0ºC. 0,00852 cP
Viscosidade, líquido a -180ºC. 0,192 cP
Volume crítico. 4,713 dm3 kg
Volume específico a 21,1 ºC e 101,325 kPa. 799,1 dm3 /kg; 12,8 ft3/Ib.

Aplicações

O etano é utilizado na indústria química para produção de etanol, acetaldeído, acetato de vinila, cloreto de etila, dicloroetano, estireno, polietileno, álcoois superiores, outros etils halogenados, etc.

Na indústria metalúrgica, tem sido utilizado em tratamento térmico de metais.

Tem sido usado como um gás refrigerante para produzir temperaturas criogênicas em sistemas de refrigeração.

Em pequenas quantidades, é utilizado na preparação de misturas padrão para calibração de instrumentos analíticos.


Efeitos sobre o homem e toxicidade

O etano não é tóxico. No Brasil, o anexo 11 da Norma regulamentadora 15 (NR 15), considera o produto como asfixiante simples e não impõe limites de exposição, entretanto, no ambiente de trabalho, deve-se garantir que a concentração mínima de oxigênio seja de 18% em volume. As situações na qual a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.

Obviamente, devido à alta inflamabilidade do produto, deve-se garantir que o limite inferior de inflamabilidade do etano, 3,0% no ar atmosférico, jamais seja atingido, por isso é recomendável que seja respeitado um limite de 1,0%.

Em caso de super exposição ao produto, ele pode causar asfixia e neste caso os sintomas são: náuseas, pressão na testa e nos olhos, podendo ainda causar perda de consciência e morte. Como o etano é inodoro não se pode utilizar o olfato para alertar quando a concentração do produto está excessivamente elevada.


Primeiros Socorros

Uma pessoa que seja vítima de asfixia por etano, deve imediatamente ser removida para uma área descontaminada, de preferência ao ar livre. Caso a pessoa esteja apresentando dificuldade respiratória pode ser administrado oxigênio. Caso a pessoa apresente perda de consciência e parada respiratória, é necessário fazer respiração artificial (boca a boca) seguida de administração de oxigênio. Caso haja parada cardíaca, massagem cardíaca simultaneamente a respiração artificial será necessária, fazendo-se 5 massagens cardíacas e uma respiração alternadamente. Em qualquer caso chame imediatamente um médico ou socorro especializado.


Precauções no manuseio e estocagem

O maior perigo atribuído ao manuseio de etano é sua extrema inflamabilidade. Os cilindros de etano devem ser estocados em uma área bem ventilada longe de calor e de todos os tipos de chamas abertas e faíscas. Não use etano perto de motores, instalações elétricas abertas ou de qualquer outro equipamento que possa produzir faíscas. Não estoque cilindros de etano com cilindros contendo oxigênio, cloro, quaisquer outros oxidantes ou juntamente a outros materiais inflamáveis. Prenda adequadamente os cilindros para evitar queda. Caso seja necessário ter instalações elétricas, como por exemplo, iluminação, estas devem ser à prova de explosão, somente um especialista pode montá-las de forma segura.


Informações para transporte

Dados os riscos envolvidos e a complexidade das exigências de segurança legais normativas para o transporte de produtos perigosos em geral, e especificamente do etano sugerimos que os clientes não transportem gases a granel ou em cilindros, a menos que estejam altamente familiarizados com as exigências mencionadas e possuam os equipamentos e recursos necessários. As informações que se seguem têm caráter puramente ilustrativo e não estão completas.

Recomendamos enfaticamente que quando o transporte seja indispensável para a operação de um determinado cliente, este, adquira a versão mais atualizada do “Manual de Autoproteção – Produtos Perigosos – Manuseio e transporte rodoviário” publicado pela Indax Advertising Comunicação Ltda. ou então da coletânea de decretos lei e normas pertinentes da ABNT.

O transporte do etano em cilindros deve ser feito em caminhão equipado com carroçaria metálica aberta, que possua condições de transportá-los em posição vertical e que esteja devidamente sinalizado e equipado com o kit de emergência apropriado ao produto ou produtos que esteja sendo transportado. O motorista deve possuir habilitação compatível com o tipo e porte de veiculo utilizado e ter participado com aproveitamento de curso de “transporte de produtos perigosos” ministrado por estabelecimento de ensino reconhecido.

Em toda operação de transporte os seguintes documentos são de porte obrigatório: habilitação do motorista, certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos, envelope de transporte contendo: notas fiscais dos produtos transportados e suas fichas de emergência.

Normalmente o kit de emergência para o transporte de gases é constituído de: 10 cones de sinalização, 4 placas auto portantes com inscrição “Perigo Afaste-se” com dimensões mínimas de 340 x 470 mm, 100 metros de fita zebrada com largura mínima de 70 mm, 06 suportes para sustentação da fita zebrada, 02 calços de madeira de
150 x 150 x 200 mm, 01 caixa com jogo de ferramentas, 01 lanterna grande com pilhas novas carregadas, isto além de EPI´s como óculos de segurança, pares de luvas de raspa de couro, capacete, etc. em perfeitas condições e em quantidade suficiente para o motorista e demais ocupantes do veiculo de transporte. Isto sem falar em extintores de incêndio e demais item de segurança do veículo. No caso específico do etano as leis e normas vigentes devem ser consultadas para verificar se existem requisitos adicionais.
Além das sinalizações regulares como faixas refletivas na carroçaria e para choques, as unidades de transporte devem estar sinalizadas com rótulos de risco, alem de painéis de segurança. Como os regulamentos normativos para a sinalização do veiculo são muito complexos nos limitamos a informar abaixo somente os dados principais que devem definir a sinalização do etano e recomendamos que seja consultada a coletânea de normas ABNT para o transporte terrestre de produtos perigosos.

Produto: Etano

Número da ONU: 1035

Classe de risco: 2.1 – gases inflamáveis

Risco subdisiário: não há

Número de risco: 23


Detecção de Vazamentos

Todos os equipamentos: válvulas, reguladores de pressão, conexões, tubulações, etc. que se destinem a serem utilizados com etano, devem ser devidamente testados e condicionados antes do uso. Dois métodos de teste que podem ser utilizados estão listados abaixo em ordem de preferência:

1.   Pressurizar o sistema com uma mistura de no máximo 5% de hidrogênio em nitrogênio e testar todas as conexões com um detector de condutividade térmica. Ao final do teste o sistema deve ser purgado com o próprio etano que será utilizado para remover os resíduos da mistura de gases utilizada. Este teste necessita ser realizado por uma pessoa adequadamente treinada, dá resultados muito satisfatórios e o sistema se torna altamente confiável. Este procedimento é especialmente recomendado para processos de alta responsabilidade e que se destinem à utilização com etano ultra puro.

2.   Pressurizar o sistema com o próprio etano e testar todas as conexões e pontos suspeitos com uma mistura de água e detergente. No local onde haja vazamento haverá formação de bolhas. Este teste pode ser feito por quase qualquer pessoa, porém os resultados podem não ser os mais seguros e pequenos vazamentos podem não ser detectados. Este método é especialmente recomendado para etano industrial podendo ainda ser utilizado para etano de elevada pureza desde que após a detecção e correção dos vazamentos, seja feita a secagem interna dos equipamentos através da passagem do próprio etano puro por seu interior até haver plena certeza que toda a umidade residual tenha sido eliminada.


Aviso Importante

Este material foi concebido com o intuito de fornecer ao leitor acesso conveniente às informações de propriedades físicas e químicas do produto em pauta. A Gama envidou seus maiores esforços no sentido de produzir um material de alta qualidade técnica, não obstante, este informativo apesar de abrangente não contém todos os dados e informações técnicas disponíveis sobre o produto.

A Gama se exime de quaisquer responsabilidades por eventuais danos materiais ou humanos que possam decorrer em função da utilização destas informações, por omissão de informações neste material, por eventuais erros ou mudanças no conhecimento técnico que possam ocorrer.