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Dióxido de Carbono

Dióxido de Carbono


Descrição


À temperatura ambiente e pressão atmosférica, o dióxido de carbono é um gás não inflamável, incolor, inodoro e com sabor levemente ácido (idêntico ao da água mineral gaseificada). Uma vez e meia mais denso que o ar atmosférico, é altamente solúvel em água. O dióxido de carbono é envasado e transportado, em cilindros de aço como gás liquefeito sob sua própria pressão de vapor, aproximadamente à 58,2 bar a 21,1ºC.


Propriedades Físicas
Calor latente de fusão a -56,6ºC; 518 KPa. 7,95 KJ/mol;
43,17 kcal/kg;
180,64 kJ/kg.
Calor latente de sublimação a -78,45ºC e 101,325 KPa. 25,23 kJ/mol;
6,03 kcal/kg;
0,573 kJ/kg.
Calor molar específico, gás a 101,325 kPa e 20ºC pressão constante. 37,564 J/ (mol x K);
0,204 kcal/ (kg x ºC).
Calor molar específico, gás a 101,325 kPa a 20ºC volume constante. 28,541 J/(mol x k);
0,155 kcal/ (kg x ºC).
Condutividade térmica, gás a 101,325 kPa e 26,85ºC. 0,0166 W/ (m x k);
39,6 x 10-6 cal x cm/ (s x cm x ºC).
Densidade absoluta, gás a 101,325 kPa e 0ºC. 1,9770 kg/m3
Densidade crítica. 0,468 kg/dm3
Densidade relativa, gás a 101,325 kPa e 0ºC (ar=1). 1,53
Densidade, líquido a 25ºC; 6430 kPa. 0,713 kg/L
Fator crítico de compressibilidade. 0,274
Massa Molecular 44,0095
Ponto de sublimação a 101,325 kPa. 194,7k;
-78,4ºC;
-109,2ºF.
Pressão crítica. 7381,5 kPa;
73,82 bar;
1070,6 psia;
72,85 atm.
Pressão de vapor a 21,1ºC. 5824 kPa;
58,24 bar;
844,7 psia;
57,5 atm.
Pressão no ponto triplo. 517,97 kPa;
5,18 bar;
5,112 atm;
75,13 psia.
Razão do calor específico, gás a 101,325 kPa e 20ºC, Cp/Cv. 1,316
Solubilidade em água a 101,325 kPa e 0ºC. 0,759 cm3/ 1cm3 de água.
Temperatura crítica. 304,19 K;
31,0ºC;
87,9ºF.
Temperatura no ponto triplo. 216,55 K;
-56,6ºC;
-69,9ºF.
Viscosidade, gás a 101,325 kPa e 26,85ºC. 0,01501 mPa x s;
0,01501 mN x s/ m2;
0,01501 CP.
Volume crítico. 2,137 dm3/ kg.
Volume específico a 21,1 ºC e 101,325 kPa. 547 dm3/ kg; 8,76 ft3/ Ib.

Aplicações

O dióxido de carbono é usado em equipamentos de refrigeração onde é evaporado para possibilitar o resfriamento do sistema. Grandes quantidades de CO2 são também utilizadas para a fabricação de gelo seco, sendo que a maior utilização do gelo seco é preservar alimentos na distribuição. Este gás é também utilizado em atmosferas controladas para a preservação de alimentos embalados em latas ou sacos plásticos. Uma parte substancial do dióxido de carbono produzida no mundo é usada na carbonatação de refrigerantes e de água mineral com gás. Uma aplicação muito importante é a de agente extintor no combate a incêndios. É ainda utilizado, na inertização de tubulações para a transferência de materiais inflamáveis e para inertização de materiais inflamáveis durante sua produção ou estocagem. O dióxido de carbono é utilizado também no tratamento de águas para a neutralização de efluentes alcalinos, como agente de proteção na soldagem de metais, em combinação com óxido nitroso na fabricação de chantilly e como propelente para alguns líquidos. Na área laboratorial, é utilizado em cromatografia supercrítica.


Efeitos sobre o homem e toxicidade

O dióxido de carbono, geralmente é considerado um simples asfixiante, porém, este produto possui alguns efeitos nocivos. A inalação de concentrações elevadas deste gás no ar atmosférico podem causar asfixia e morte. Os sintomas que indicam que um processo de asfixia se iniciou podem ser: dor de cabeça, tontura, aceleração da respiração e batimento cardíaco, fraqueza muscular e zumbido nos ouvidos.

No Brasil o anexo 11 da norma regulamentadora 15 (NR-15) impõe que a concentração máxima de CO2 permitida no ambiente de trabalho num período de 48 horas semanais, é de no máximo 3900 ppm. O contato com dióxido de carbono líquido causa queimaduras criogênicas que são extremamente doloridas.


Primeiros Socorros

Uma pessoa que seja vítima de asfixia por dióxido de carbono, deve imediatamente ser removida para uma área descontaminada, de preferência ao ar livre. Caso a pessoa esteja apresentando dificuldade respiratória pode ser administrado oxigênio. Caso a pessoa apresente perda de consciência e parada respiratória, é necessário fazer respiração artificial (boca a boca) seguida de administração de oxigênio. Casa haja parada cardíaca, será necessário administrar massagem cardíaca simultaneamente à respiração artificial; fazendo-se 5 massagens cardíacas e uma respiração alternadamente. Em qualquer caso chame imediatamente um médico ou socorro especializado. Caso a vítima tenha sido atingida por CO2 líquido e apresente sinais de congelamento na pele, o local atingido deve ser descongelado com o uso de água corrente. Nunca utilizar água quente.


Precauções no manuseio e estocagem

Apesar do dióxido de carbono ser um gás inerte, em concentrações muito elevadas ele é asfixiante, e deve ser estocado em uma área bem ventilada. O dióxido de carbono é inodoro, portanto, você nunca saberá, através do olfato, se houve ou não vazamento. Não coloque os cilindros onde exista o risco de entrar em contato com um circuito elétrico, um curto circuito sobre o cilindro pode ocasionar um aquecimento localizado muito elevado comprometendo a resistência da parede do mesmo. Nunca utilize os cilindros como roletes e evite impactos. Ao utilizar cilindros de dióxido de carbono, procure sempre fixá-los adequadamente de forma a evitar quedas acidentais. Nunca manuseie dióxido de carbono líquido sem a assistência de uma pessoa adequadamente treinada, caso tenha dúvida, solicite assistência do fornecedor. Caso esteja utilizando o gás em processos de soldagem, jamais permita que o eletrodo entre em contato com o cilindro. Nunca aqueça os cilindros contendo dióxido de carbono, caso o cilindro congele e a vazão de gás seja insuficiente, jogar a água corrente sobre o mesmo.


Informações para transporte

Dados os riscos envolvidos e a complexidade das exigências de segurança legais normativas para o transporte de produtos perigosos em geral, e especificamente do dióxido de carbono sugerimos que os clientes não transportem gases a granel ou em cilindros, a menos que estejam altamente familiarizados com as exigências mencionadas e possuam os equipamentos e recursos necessários. As informações que se seguem têm caráter puramente ilustrativo e não estão completas.

Recomendamos enfaticamente que quando o transporte seja indispensável para a operação de um determinado cliente, este, adquira a versão mais atualizada do “Manual de Autoproteção – Produtos Perigosos – Manuseio e transporte rodoviário” publicado pela Indax Advertising Comunicação Ltda. ou então da coletânea de decretos lei e normas pertinentes da ABNT.
O transporte do dióxido de carbono em cilindros deve ser feito em caminhão equipado com carroçaria metálica aberta, que possua condições de transportá-lo em posição vertical e que esteja devidamente sinalizado e equipado com o kit de emergência apropriado ao produto ou produtos que esteja sendo transportado. O motorista deve possuir habilitação compatível com o tipo e porte de veiculo utilizado e ter participado com aproveitamento de curso de “transporte de produtos perigosos” ministrado por estabelecimento de ensino reconhecido.

Em toda operação de transporte os seguintes documentos são de porte obrigatório: habilitação do motorista, certificado de conclusão do curso de transporte de produtos perigosos, envelope de transporte contendo: notas fiscais dos produtos transportados e suas fichas de emergência.

Normalmente o kit de emergência para o transporte de gases é constituído de: 10 cones de sinalização, 4 placas auto portantes com inscrição “Perigo Afaste-se” com dimensões mínimas de 340 x 470 mm, 100 metros de fita zebrada com largura mínima de 70 mm, 06 suportes para sustentação da fita zebrada, 02 calços de madeira de
150 x 150 x 200 mm, 01 caixa com jogo de ferramentas, 01 lanterna grande com pilhas novas carregadas, isto além de EPI´s como óculos de segurança, pares de luvas de raspa de couro, capacete, etc. em perfeitas condições e em quantidade suficiente para o motorista e demais ocupantes do veiculo de transporte. Isto sem falar em extintores de incêndio e demais item de segurança do veículo. No caso específico do dióxido de carbono as leis e normas vigentes devem ser consultadas para verificar se existem requisitos adicionais.

Além das sinalizações regulares como faixas refletivas na carroçaria e para choques, as unidades de transporte devem estar sinalizadas com rótulos de risco, alem de painéis de segurança. Como os regulamentos normativos para a sinalização do veiculo são muito complexos nos limitamos a informar abaixo somente os dados principais que devem definir a sinalização do dióxido de carbono e recomendamos que seja consultada a coletânea de normas ABNT para o transporte terrestre de produtos perigosos.

Produto: Dióxido de Carbono

Número da ONU: 1013

Classe de risco: 2.2 – gases não inflamáveis, não tóxicos

Risco subdisiário: não há

Número de risco: 20


Detecção de Vazamentos

Todos os equipamentos: válvulas, reguladores de pressão, conexões, tubulações, etc. que se destinem a serem utilizados com dióxido de carbono, devem ser devidamente testados e condicionados antes do uso. Dois métodos de teste que podem ser utilizados estão listados abaixo em ordem de preferência:

1.   Pressurizar o sistema com uma mistura de no máximo 5% de hidrogênio em nitrogênio e testar todas as conexões com um detector de condutividade térmica. Ao final do teste o sistema deve ser purgado com o próprio dióxido de carbono que será utilizado para remover os resíduos da mistura de gases utilizada. Este teste necessita ser realizado por uma pessoa adequadamente treinada, dá resultados muito satisfatórios e o sistema se torna altamente confiável. Este procedimento é especialmente recomendado para processos de alta responsabilidade e que se destinem à utilização com dióxido de carbono de elevada pureza, como por exemplo, em cromatografia supercrítica.

2.  Pressurizar o sistema com o próprio dióxido de carbono e testar todas as conexões e pontos suspeitos com uma mistura de água e detergente. No local onde haja vazamento haverá formação de bolhas. Este teste pode ser feio por quase qualquer pessoa, porém os resultados podem não ser os mais seguros e pequenos vazamentos podem não ser detectados. Este método é especialmente recomendado para dióxido de carbono industrial podendo ainda ser utilizado para dióxido de carbono de elevada pureza desde que após a detecção e correção dos vazamentos, seja feita a secagem interna dos equipamentos através da passagem do próprio dióxido de carbono puro por seu interior até haver plena certeza que toda a umidade residual tenha sido eliminada.


Aviso Importante

Este material foi concebido com o intuito de fornecer ao leitor acesso conveniente às informações de propriedades físicas e químicas do produto em pauta. A Gama envidou seus maiores esforços no sentido de produzir um material de alta qualidade técnica, não obstante, este informativo apesar de abrangente não contém todos os dados e informações técnicas disponíveis sobre o produto.

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